Aula
da Natação Adaptada
A Aula de natação adaptada
requer uma dedicação extra do professor no qual o tempo de aprendizado e a
forma que se ensina podem variar de acordo com o individuo a aprender a
atividade.
Primeiramente
o que é Autismo?
Existem diversos tipos e graus
de autismo.
O autismo é uma disfunção global do
desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização
(estabelecer relacionamentos)
e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas
que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes
chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do
desenvolvimento (TID),
do inglês pervasive
developmental disorder (PDD). Entretanto, neste contexto, a tradução
correta de "pervasive" é "abrangente" ou
"global", e não "penetrante" ou "invasivo". Mais
recentemente cunhou-se o termo Transtorno
do Espectro Autista (TEA)
para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do
Desenvolvimento Sem Outra Especificação.1
Algumas crianças, apesar
de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios
problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes,
outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Os diversos modos
de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma
gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há a
possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos
casos.2
Certos adultos com
autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém, os problemas de
comunicação e socialização causam, frequentemente, dificuldades em muitas áreas
da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de encorajamento e apoio
moral na sua luta para uma vida independente. Pais de autistas devem procurar
programas para jovens adultos autistas bem antes dos seus filhos terminarem a escola .
[Dica]: Caso conheça outros pais de adultos com autismo, pergunte sobre os
serviços disponíveis.
O autismo afeta, em
média, uma em cada 88 crianças nascidas nos Estados Unidos,
segundo o CDC (sigla em inglês para Centro
de Controlo e Prevenção de Doenças), do governo daquele país, com números
de 2008, divulgados em março
de 2012.3 -- no Brasil, porém, ainda não há
estatísticas a respeito do TEA4 . Em 2010, no Dia Mundial de Conscientização do
Autismo, 2 de abril,
a ONUdeclarou que, segundo
especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas
em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.5 6 O aumento dos números de prevalência
de autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia da
síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica7 . No Brasil, foi realizado o primeiro
estudo de epidemiologia de autismo da América Latina8 9 , publicado em fevereiro de 2011—com
dados de 2010 --, liderado pelo psiquiatra da infância Marcos Tomanik Mercadante (1960-2011), num
projeto-piloto com amostragem na cidadepaulista de Atibaia10 , aferiu a prevalência de um caso de
autismo para cada 368 crianças de 7 a 12 anos8 9 . Outros estudos estão em andamento no
Brasil.
Um dos mitos comuns
sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio,
interagindo com o ambiente que criam;isto não é verdade11 . Se, por exemplo, uma criança autista
fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque
ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser
que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar
adequadamente uma conversa, muitos cientistas atribuem esta dificuldade à Cegueira Mental12 , uma compreensão decorrente dos
estudos sobre a Teoria da Mente.
Outro mito comum é de
que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa
retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma).
Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns
casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim.
Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela
nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na
verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.
A ciência, pela primeira
vez falou em cura do autismo em novembro de 2010, com a descoberta de um grupo
de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri,
na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio
"autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior
comprometimento e com comprovada causa genética)13 , foi coordenado por mais dois
brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto e foi publicado na revista
científicaCell.14 15
Natação para autistas:
Transferindo este
conhecimento para a natação, entendemos que é necessário realizar uma pré
avaliação motora e cognitiva no individuo em questão, desenvolvendo protocolos
que o classifique, assim podendo desenvolver um cronograma com objetivos que
curto, médio e longo prazo.
O tempo de aprendizado
varia com os estímulos realizados dentro e fora da natação, no qual é necessário
muita dedicação e determinação do professor.
As metodologias de
ensino aplicadas podem ser as tradicionais ou especificas como a MGB, porem
adaptadas em alguns momentos e com um outro tempo de avaliação.
Exemplo de cronograma didático:
O exemplo a ser citado a
baixo fora desenvolvido sob observação e cronograma desenvolvido para o Aluno
Matheus Tomal da academia B Fit, Moema São Paulo, “o aluno em questão é do sexo
Masculino, idade de 09 anos, sobre peso”.
I fase:
Ante passos: Entrevista com os pais. (feedback
sobre o aluno).
1º Passo Identificação do Individuo:
Avaliação motora e
cognitiva:
Após avaliação motora e
cognitiva, inicia-se o processo de adaptação ao ambiente “no caso a academia”.
Entrar na academia: E
ficar brincando dentro do ambiente da academia por pelo menos 30 minutos.
Posteriormente: ir ao
ambiente aquático e ficar brincando no ambiente aquático por pelo menos 40
minutos
Colocar os pés na água e
ficar brincando com os pés na água por 30 minutos
Entrar na água com a família,
e amigos para brincar
Entrar na água com o
professor
Brincar com o professor
Caminhar na água
Brincar sozinho na água sem
auxilio do professor
Ter autonomia básica no
ambiente liquido
Realizar atividades
simples por meio de comando de voz do professor.
Encerramento da primeira
fase.