Surf

A HISTÓRIA DO SURF: AS RAÍZES
Desde sempre as ondas exerceram um apelo irresistível para os humanos



Desde que o primeiro humano decidiu nadar no oceano que o contacto com as ondas existe. Nessa medida podemos dizer que o bodysurf é a forma mais antiga de apanhar uma onda. Apesar de não existirem factos concretos no que a datas e locais diz respeito, é universalmente aceite a ideia que terá sido no Oceano Pacífico que o surf nasceu.


Alguns peruanos reclamam para si a génese do surf, afirmando que os primeiros habitantes daquele país terão sido os pioneiros, ao deslizarem nas ondas, usando uma espécie de prancha feita com canas, quando voltavam de expedições de pesca, há cerca de 4000 anos.


Todavia, a origem da arte do surf, é geralmente atribuída aos polinésios. Surfar era uma parte fulcral da antiga cultura polinésia. O chefe de uma comunidade era sempre o mais habilidoso nas ondas, com a melhor prancha, feita da melhor árvore. As classes mais altas tinham acesso às melhores praias e às melhores pranchas, enquanto os plebeus não tinham acesso a certas praias. No entanto, mesmo as classes mais baixas podiam aspirar a ganhar esse acesso e prestígio, se demonstrassem habilidade para surfar.


Outro dado que oferece pouca discussão em relação à origem e evolução do surf, prende-se com o facto de o Havai se ter desde cedo tornado - e mantido - como o epicentro do surf mundial. A população havaiana dominava com mestria a arte de estar de pé numa prancha, há 1000 anos. Esta prática era comum e transversal a todas as classes sociais no Havai. Os reis usavam pranchas 'olo' que se chegavam a medir quatro metros, enquanto os populares utilizavam as 'alaia', substancialmente menores.


Foi em 1779 que o mundo ocidental ouviu falar de surf, através dos diários do Tenente James King, que ia a bordo de uma expedição britânica, liderada pelo famoso Capitão Kook. James King fez uma referência ao que apelidava de "exótico passatempo" dos locais no Havai. Rapidamente os europeus começarm a usar o Havai como ponto de paragem durante as travessias do Oceano Pacífico, o que levou em 1821 missionários Calvinistas da Grã Bretanha a chegarem ao Havai para impôr a sua religião e oprimir as ideologias das populações nativas. A prática do surf era vista por estes missionários como imprópria e a mesma foi banida, o que quase levou à extinção desta tradição havaiana.


A ressurreição da cultura do surf passou pelas mãos de dois homens: George Freeth e Duke Kahanamoku. George foi um dos primeiros 'beach boys' de Waikiki, um grupo que ainda praticava o (na altura) raro desporto do surf. Freeth conheceu em 1907 um escritor americano, Jack London, que rapidamente ficou fascinado com o desporto. O escritor publicaria um artigo sobre esta prática e tornaria célebre George Freeth. George mudava-se de armas e bagagens para a Califórnia, onde demonstrava as suas habilidades em Venice Beach, onde ficou conhecido como o "homem que conseguia andar na água". É por isso justamente atribuído a Freeth o mérito de ter chamado a atenção dos americanos para o surf.


Mas quem levou o nome do surf um pouco por todo mundo foi

 Duke Kahanamoku, que em 1912, em representação dos Estados Unidos, ganhou várias medalhas nos Jogos Olímpicos de 1912 em Estocolmo. A partid desse momento, Duke viajou pelo mundo como embaixador havaiano, e espalho o espírito Aloha por todo o mundo, apresentando o surf em países com a Austrália e a Nova Zelândia, que rapidamente abraçaram a modalidade. Um dos companheiros de Duke foi o californiano Tom Blake, também ele um dos pioneiros do surf, ao organizar o primeiro campeonato de surf do Pacífico, que ele próprio venceu.

História do Surf no Brasil

Cidade Natal do Surf no Brasil

Algumas pessoas até acreditam e contam que o surf não nasceu em Santos, litoral sul de São Paulo. Mas não se engane, assim como Santos Dumont inventou o avião, o surf nasceu na Cidade de Santos.
O pequeno detalhe que faz com que alguns digam que Osmar Gonçalves não inventou o surf é o fato de ele ter surfado a primeira onda, com a ajuda de um remo. Então experimente você pegar uma onda com uma “pranchinha” de 3,90 metros e 80 quilos. Osmar Gonçalves, com apenas 16 anos, foi o primeiro surfista do Brasil.
A ideia de montar uma prancha veio em 1937, quando o pai dele trouxe para o Brasil uma edição da revista Popular Mechanics, que mostrava a planta de uma prancha. Osmar se encantou e junto com a ajuda de João Roberto e Júlio Putz, construiu com as próprias mãos a primeira prancha feita no Brasil. Caiu no mar em 1938, na praia do canal 3, em Santos.

Esse foi o primeiro passo para Santos se tornar uma Surf City. Hoje em dia a cidade parece respirar o esporte, há bares, lojas, projetos sociais, filmes e muitas outras coisas ligas ao surf, afinal Santos é uma ilha, tem bastante espaço para praticar o surf.
Nas décadas de 60 e 70 a cidade viveu um momento muito ruim para o esporte, a época era de ditadura e os surfistas eram considerados marginais e julgados como usuários de drogas, irresponsáveis e adjetivos piores.  Muitas pranchas eram apreendidas e muitos pioneiros têm histórias tristes para contar, como policiais bicando pranchas e repreendendo surfistas.Em 1992, Santos foi a primeira cidade do país a ter uma escola pública de surf, foi o pontapé inicial para transformar o berço do surf em uma verdadeira Surf City. Existem vários projetos ligados ao surf para ajudar na melhoria de vida da Cidade.
 Entre os principais projetos podemos citar o Omelca, para crianças com deficiências mentais, síndrome de down, déficit de atenção; Surf para a Terceira IdadeCine SurfSurf noturno.Destaque para o Surf para deficientes visuais, Santos tem o primeiro surfista cego do mundo e tem a primeira prancha de surf adaptada para deficientes visuais do mundo, projetada e construída por Cisco Araña, primeiro surfista profissional a competir fora do país.
Uma modalidade do surf que vem crescendo bastante em Santos é oStand Up, o surf à remo. Uma ótima resposta a todos os que criticavam Osmar Gonçalves por ter pegado algumas ondas com a ajuda do remo. O filho de Picuruta Salazar, Leco Salazar é um dos destaques nacionais na modalidade e arrebenta nas ondas quando o assunto é Stand Up. A Cidade já até ganhou uma loja especializada na modalidade.
Essa Surf City prova que o surf não é apenas um esporte ou um estilo de vida, mas um meio de deixar muitas pessoas felizes sem que se gaste muito dinheiro com isso, as escolinhas municipais oferecem de pranchas a acessórios sem cobrar nada dos alunos.
 Aqui tem!
Santos tem recorde! Picuruta Salazar, dez vezes campeão brasileiro, duas vezes campeão mundial e com mais de 150 títulos na bagagem.
Santos tem o primeiro Museu do Surf do Brasil.
Santos tem o Quebra-Mar, reformado inteiramente para que todos possam apreciar o surf.
Santos tem mais de cem pioneiros que ainda pegam onda e ainda participam de campeonatos.
Em Santos cresceu e conheceu o esporte Gilberto Nogueira, o Neguito, primeiro juiz brasileiro no cenário internacional, há mais de 20 anos ele apita nos Circuitos Europeus.
Santos tem Carla Canepa, a primeira surfista profissional do país.
 Como surgiu o SurfinSantos
Criamos o SurfinSantos, a princípio, para ajudar no documentário Santos Surf City, que estávamos produzindo com mais dois amigos. Nosso objetivo era explicar um pouco do esporte para aqueles que não o conhecem bem, para mostrar melhor o Surf e Santos, essa Surf City que muitos não conhecem.
Contamos lendas, apresentamos as diferenças de pranchasdemos dicas, falamos de história, do sentimento entre O surfista e o mar e enfatizamos em passar as notícias, em criar um vínculo com os surfistas ou com quem se identifica com esse esporte.
Levantamos a bandeira contra a poluição do marquebramos preconceitos contra o surf, mostramos velhos pioneiros surfando e o oposto, um menino de apenas sete anos de idade.
Vamos continuar noticiando, vibrando, torcendo e amando o surf. Essa é a essência do SurfinSantos, apresentar e falar sobre um esporte apaixonável e fazer com que você queira sempre mais surf.

As fotos de Osmar Gonçalves que aparecem aqui foram tiradas do arquivo pessoal da viúva dele, Maria Aparecida (Cidi), que gentilmente nos cedeu revistas antigas nas quais aparecia Osmar na década de 30.






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