Mais uma grande Conquista em 2018 Jonas Alfredo da Silva Santos



Parabéns ao professor Jonas Alfredo ao seu projeto diferenciado de Educação Física para o Século XXI

Project:
Physical Education for the 21st Century

1.0 summary

This project was developed by the professor of adventure activities by FMU Jonas Alfredo da Silva Santos, bearer of CREF 066032-G / SP, through a field study conducted during the years of January 2014, 2015,2016, 2017 and first semester of 2018, applied in five schools in the greater São Paulo, Capital, being two public schools and three private schools with activities in the counter shift period from 2014 to 2017 and in the curricular period from 2017 to 2018. In order to attribute and contribute to the motor and cognitive collection of students with social interaction difficulties, motor and cognitive abilities using sports as an educational tool.


By Jonas Alfredo da Silva Santos (2018)




Metas para Inicio em 2025 Com meu Filho Otávio


Inicio dos treinos 2019 
Capitação de recursos financeiros de 2019 a 2025 
Busca por patrocinadores 
Otávio hoje tem 06 anos e temos como objetivo começar a nossa expedição de montanhismo aos 13 anos e concluir aos 15 anos
Ele começou a escalar com 01 ano de Idade, e treina diariamente em casa com parede própria e 04 vezes por semana em academia de escalada 90 Graus.

Um sonho apenas!!
Mais todo sonho esta a um passo da realidade!!

Pico das agulhas negras


Life Adventure


Exame de Faixa 2017


Senhores alunos teremos nosso 1º Exame de Faixa de 2017 no dia 01 de Julho.
Contamos com a presença de todos!!



Meu Livro Jonas Alfredo


Pessoal Comprem o Livro Atividades e Esportes de Aventura para profissionais de Educação Física, é uma Ótima leitura.

Parabéns Jonas Alfredo pelo Sucesso!!

Equipe de professores de Esporte de Aventura e esportes Adaptados faculdade Mario Schenberg



Professor Jonas Alfredo
Professor Universitário responsável pelas aulas de esportes adaptados da faculdade Mario Schemberg.

Parabéns pelo Sucesso!!

E pelas aulas Excelentes!!!

Escalada em Pedra Bela



Professor Jonas Alfredo levando seus alunos para Escalar em Pedra Bela

Professor de Escalada colégio Magno


Jonas Alfredo professor de escalada no Colégio Magno, colégio que é responsável pelas duas promessas de medalhas na escalada Brasileira de 2020 em Tokio!!

Parabéns e sucesso Jonas Alfredo

Proximo modulo



Aulas de Skate

Aulas de Mergulho

Encerramos as aulas de Mergulho com sucesso no Colégio Agora que venha o modulo de canoagem!

Apresentação Life Adventure


Tenente Alfredo pede Afastamento para lecionar e se torna um dos professores mais conceituações de São Paulo



Tenente Jonas Alfredo, formado em Educação física, pós graduado em esportes de Aventura pela FMU, faixa preta de Judô e ex atleta da seleção pré Olímpica passa para o outro lado, agora em vez de atleta se torna técnico e professor!!

O exercito Brasileiro te deseja boa sorte nesta empreitada!!
E parabéns pelo Sucesso!!!

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História do Atletismo

A história do atletismo pode ser dividida em três períodos:
O primeiro, de suas origens, nas civilizações primitivas, à extinção dos antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de 393 d.C.;
O segundo, da Idade Média, a época de atividade descontínua ou mesmo de decadência para as competições de pista e campo, ao século passado, quando educadores vitorianos introduziram os esportes nas escolas inglesas, definindo-os, codificando-os e mais tarde difundindo-os pela Europa;
E o terceiro, do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês Pierre de Coubertin, ao atletismo dos dias atuais.

Origens do Atletismo

O mais antigo registro de competições de atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os esportes organizados, incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos antes. Já nas primitivas civilizações, o homem cultivava o gosto de competir, medindo sua força e rapidez e habilidade. Os exercícios destinados a aprimorar ou a manter a saúde do corpo decorriam da própria luta pela sobrevivência; obrigado a enfrentar, de início, inúmeros obstáculos naturais e, mais tarde, o seu semelhante, o homem apurou seus instintos de correr, saltar e lançar. Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e pedras, como armas, deu lugar ao de lançar, dardos e espadas.

Em 2500 a.C., os egípcios já se ocupavam de provas de luta livre e combates com paus. Dez séculos depois, os cretenses dedicavam-se à dança, ao pugilato e à corrida a pé, como forma de recreação. Vários achados arqueológicos confirmam que os antigos habitantes da China, Índia e Mesopotâmia também conheciam pela mesma época, as corridas e os lançamentos de peso.
O berço do esporte organizado situa-se, porém, na Grécia. Segundo Filóstrato, em 1225 a.C. foi disputado o primeiro pentatlo, série de cinco provas (corrida, salto em distância, luta e lançamento de disco e dardo), por um mesmo atleta. No canto XXIII da Ilíada, Homero narra os funerais de Pátroclo, junto aos muros de Tróia, e as provas atléticas que Aquiles fez celebrar em honra do morto. Entre essas provas, estavam a corrida (“… o filho de Oileu [i.é, Ájax] tomou a dianteira, sobre seus passos lançou-se o divino Ulisses…”), o lançamento de um bloco de ferro maciço e o lançamento do dardo. Para honrar os deuses ou homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar programas esportivos, perto de Olímpia, tradição que foi mantida pelo menos até a segunda metade do século X a.C.
Coube a Ífito, rei da Élida, por sugestão da Pítia, sacerdotisa que interpretava os oráculos de Delfos, reviver a tradição, em 884 a.C., certo de que, com isso, os deuses interviriam em seu favor e poriam fim à peste que assolava o Peloponeso. Mas os jogos olímpicos, recriados por Ífito, só começaram a ser contados de 776 a.C. em diante, quando os nomes dos campeões passaram a ser inscritos nos registros públicos. O primeiro foi Corebo (grego Kóroibos, latim Coroebus), da Élida, vencedor da única prova do programa; a corrida do estádio (grego stádion, latim stadium).
O estádio tinha a forma de letra U, com 211 por 23m. A corrida, ou dromo (grego drómos, latim drõmos), era disputada num percurso de 192,27 m, distância que os gregos diziam eqüivaler a 600 pés de Hércules, herói mitológico cujas façanhas, segundo a lenda, estariam ligadas à própria origem dos jogos.
A corrida do estádio em 724 a.C., passou a ser disputada em duas voltas completas pela pista, denominando-se diaulo (grego díaulos, latim diaulos). Quatro anos depois, realizou-se a primeira carreira de fundo, ou dólico (grego dólikhos), que consistia em 12 voltas completas pela pista, ou pouco menos de 4.700m. O programa olímpico, depois disso, só foi alterado em 708 a.C., quando, além das corridas a pé e de carros, se efetuou o pentatlo com as mesmas cinco provas descritas por Filóstrato. Seu primeiro vencedor chamava-se Lâmpis (grego Lámpis, latim Lampis) e nascera na Lacônia.
Graças aos registros públicos – e às narrativas homéricas, pós-homéricas e de outros poetas e prosadores, conhecem-se hoje alguns dos princípios que regiam as provas daquele tempo. Nas corridas, os atletas dispunham-se à boca de um túnel, localizado a oeste do bosque sagrado, numa linha de saída denominada áfese (grego áphesis). Um toque de trompa ou trombeta, em forma de cone (grego sálpiks, latim sapinx), precisava o instante da partida, que também podia se anunciada pelo juiz, a viva voz.
Nos saltos, era permitido ao atleta impulsionar o corpo, desde que seus pés não ultrapassem uma linha-limite riscada no solo. O vencedor era o que atingisse a maior distância, na soma de três saltos. O disco (grego dískos, latim discus), antes de pedra, passou a ser de bronze, ao tempo de Ífito. Era mais grosso ao centro, fino nos bordos, media de 20 a 36cm e pesava 5kg. O discóbolo (grego diskóbolos, latim discõbulus) situava-se num trampolim ou barreira de terra batida, e ali reproduzia o gesto imortalizado por Mílon ou Milão de Crotona, atleta cujo lançamento de disco é, até hoje, um dos símbolos dos jogos olímpicos.
O dardo (grego ksystón), aproximadamente com 1,80m de comprimento, tinha uma extremidade de ferro pontiaguda que possibilitava ao atleta, com o lançamento, fincá-lo no solo. Sua propulsão fazia-se com o auxílio de uma correia de 40cm, enrolada um pouco atrás do centro de gravidade do dardo. Essa correia, acionada com força no momento do arremesso, impunha um movimento rotativo ao dardo, levando-o a grandes distâncias.
O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antigüidade. No século VII a.C., em Esparta, houve modificações, para que as mulheres também pudessem competir. Coube a Licurgo a decisão de que “…as mulheres, como os homens, devem medir entre si a força e rapidez, pois a missão das mulheres livres é engendrar filhos vigorosos”. Nos jogos realizados em Delos, elas participavam de corridas a pé, por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente a 160m.
Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C., prosseguiram com a tradição dos jogos olímpicos, embora com espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o imperador Teodósio – responsável pela matança de dez mil gregos em Tessalonica – se converteu ao cristianismo, após curar-se de grave enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão, concordou em suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos olímpicos.

Da Idade Média aos vitorianos

O atletismo dos romanos já apresentou uma fase de decadência em relação as dos gregos, não só por menos competitivo e sem fim educativo, mas também porque o atleta, em geral escravo ou prisioneiro de guerra, estava muito longe de gozar do prestígio social dos antigos competidores gregos. Como o gladiador, ele era treinado para divertir, no circo ou no anfiteatro. Os jovens romanos de boa posição preferiam as carreiras de bigas e quadrigas, ou mesmo os banhos nas termas, às corridas, saltos e lançamentos que os gregos quase cultuavam.
Os séculos que separam Teodósio do ano de 1154 – quando se vai encontrar o primeiro registro de provas de atletismo na Idade Média – foram total abandono das competições de pista e campo. A não ser pelos jogos de alguns povos da América pré-colombiana e uma ou outra atividade isolada em poucos países do Oriente, quase sempre ligada às corridas a pé, não houve atletismo organizado nesse período e mesmo depois.

 chegaram a proibir a prática de qualquer esporte que não tivesse associado ao treinamento dos soldados, incuindo o atletismo. Embora outros soberanos se tenham mostrados mais tolerantes, como Henrique VIII, que participou de vários torneios de lançamento do martelo, o atletismo não era considerado esporte nobre. Essa condição (à qual se adiciona o ascetismo cristão da Idade Média, segundo o qual os cuidados com o corpo deveriam dar lugar à purificação da alma) explica seu esquecimento até o século XIX.


Coube exatamente aos ingleses reviver, de forma definitiva, as competições clássicas de pista e campo. Os povos das ilhas Britânicas sempre apreciaram os esportes. Mesmo durante a proibição reais, eles os esportes reais, eles os praticavam, ou clandestinamente ou pelos favores de autoridades benevolentes. O gosto pela recreação ao ar livre levou-os a criar ou a adaptar uma variedade de jogos, muitos dos quais têm popularidade em todo o mundo, nos dias de hoje. No início do século passado, com reforma que os educadores vitorianos introduziram nas escolas públicas, foram aproveitados os princípios defendidos por Thomas Arnold, na Rugby School.
Thomas Arnold, educador inlgês nasceu em East Cowes, ilha de Wight, a 13 de junho de 1795, e morreu em Rugby a 12 de junho de 1842. Educado em Winchester e Oxford, apresentou-se como candidato a chefe da escola de Rugby em 1827, a disposto a transformar o sistema educacional público não apenas naquela instituição, mas em toda a Grã-Bretanha. Lembrado principalmente por seus sermões na capela escolar, Arnold teve o mérito de conseguir mais do que até então o sistema de prefeitos nas escolas públicas produzida. Após sua morte, a maioria das escolas secundárias inglesas tomaram a Rugby como modelo. Admirador da civilização grega, Arnold reviveu o princípio de uma união fértil entre o esforço físico e o mental.
De acordo com Arnold, o esporte sistematizado era de grande importância na ducação do jovem, disciplinando-o aprimorando-lhe as qualidades morais, e sobretudo, levando a descarregar nos campos de jogo um potencial de energia que, de outra forma poderia ser utilizado em práticas condenáveis. Entre essas práticas, os educadores ingleses incluíram idéias reformistas dos jovens da classe média, em oposição ao tradicionalismo vitoriano. Em 1825, corridas a pé eram disputadas regularmente em Uxbridge. Em 1838 os alunos de Eton praticavam as primeiras provas com barreiras, numa distância de 110 jardas. Seis anos depois , a primeira corrida de fundo, também com barreiras, chamada steeplechase (do inglês literalmente “busca ou caça da torre”, meta que devia ser atingida vencendo quaisquer obstáculos; o vocábulo documenta-se em inglês já em 1805), ampliava o programa de provas atléticas. Na metade do século, com a adesão de escolas como Winchester, Charterhouse, Shrewsbury, Westminster e Harrow, o atletismo estava oficializado na Inglaterra, de onde passou para a Escócia; Irlanda e país de Gales, chegando finalmente a outros pontos da Europa. Os alemães e os escandinavos, que já se dedicavam à ginástica e outras formas de educação física, foram os primeiros a adotar o atletismo inglês.
As provas regulamentadas pelos educadores vitorianos – e que serviram de ponto de partida para o moderno programa de competições atléticas – compreendiam as quatro modalidades clássicas dos gregos (corrida, salto em distância, lançamentos de dardo e disco) e muitas variantes por eles criadas ou adaptadas. As corridas eram disputadas em várias distâncias, a menor de 110 jardas; a maior de 3 a 4 milhas. Além de salto em distância, havia o de altura, o triplo (que se inspirava nos três saltos isolados dos gragos) e o com vara, cuja origem se situa nos antigos métodos ingleses de pular sobre valas, riachos e canais, com o auxílio de varas.
Aos lançamentos de dardo e disco, acrescentaram-se os de peso e martelo, este de origem celta e muito popular, havia séculos na Escócia e na Irlanda. Havia ainda, uma forma rudimentar de revezamento (corridas entre equipes, com passagem de bastão de um corredor para outro) e provas combinadas nos moldes de pentatlo.

De Coubertin até hoje…

Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris, Pierre de Fredi, barão de Coubertin, apresentou um projeto para que fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. Seu objetivo era um movimento internacional, o olimpismo, que visava a promover o estreitamento de ralações entre os povos através do esporte. A proposição tinha também, fins pedagógicos: “… Formar o caráter dos jovens pela prática esportiva, despertando-lhes o senso de disciplina, o domínio de si mesmo, o espírito de equipe e a disposição de competir”.
Mas a idéia só se concretizou em 1894, a partir de um congresso realizado também na Sorbonne, dessa vez com a participação de representantes de 14 países. Foi criado o Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne, Suíça, e estabeleceram-se as normas para a realização dos primeiros jogos em 1896, na Grécia.
O primeiro programa olímpico de atletismo compreendia corridas de 100, 400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com barreiras, saltos em distância, altura, triplo e com vara, lançamentos de peso e disco. Uma prova especial a maratona, foi organizada para os corredores de fundo, por sugestões do linguista e helenista francês Michel Bréal. Pretendia-se com ela, recordar a façanha de Fidípdes (gr. Pheidippídes), soldado atenciense que correu da cidade de Maratona, perto de Ática, até Atenas, para anunciar aos gregos a vitória de Milcíades sobre os persas em 490 a.C. A maratona olímpica – que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos jogos olímpicos modernos – foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância cumprida por Fidípedes. Seu primerio vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia em Marusi.
O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a competidores do sexo masculino, foi sendo sucessivamente modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com barreiras, de 2.500m de steeplechase e de lançamento do martelo. Das modalidades clássicas, as últimas a figurarem nos modernos jogos olímpicos foram o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e pentatlo, em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os revezamentos de 4×100 e 4×400 metros.
As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos olímpicos em 1928, cumprindo um programa de 100, 800 e 4×100 metros, o salto em altura e o lançamento do disco. Até 1948, outros acréscimos e supressões foram feitos tanto no programa masculino como no feminino. De 1948, quando o número de provas para mulheres aumentou consideravelmente, a 1956, ano em que disputou a primeira marcha de 20km (a de 50km já fora introduzida em 1932) o programa oficial sofreu suas últimas alterações.
Os jogos olímpicos ajudaram a popularizar o atletismo, universalizando-o cada vez mais. No século passado, já existiam alguns órgãos dedicados à regulamentação e promoção de torneios atléticos, entre os quais o London Athletic Club e o Amateur Athletic Club, ambos na Inglaterra, a Association of Amateur Athletes of América e o New York Athletic Club, estes nos E.U.A., além de clubes, associações e escolas de educação física na Alemanha, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e França. O intercâmbio entre esses países fez-se gradativamente. Os ingleses sistematizaram o atletismo e defundiram-no pela Europa e E.U.A.
Os mesmos ingleses, os alemães e os norte americanos introduziram-no em toda a América Latina. Mas foram os jogos olímpicos no século XX, que transformaram as provas de pista e campo num esporte universal, base de todos os outros.

Aulas de surf no asfalto


Aulas de esporte de Aventura na Faculdade



Esporte de Aventura na Faculdade


Esportes de Aventura na escola pelo Brasil


Esportes e atividades de aventura como conteúdo das aulas de Educação Física

Introdução
    Na busca pela diversificação das aulas de educação física escolar que a cada dia se renova, recria e aprimora os seus conceitos, conteúdos e didática, objetivando a formação do aluno.
    Para Franco (2010) é possível oferecer mais um conhecimento na escola, cujas vivências proporcionem sensações e experiências que atinjam emocionalmente e significativamente um jovem estudante, mesmo que sejam práticas apenas adaptadas às estruturas usuais das escolas, mas plenamente passíveis da ligação do “Saber” com o “Saber Fazer”.
    A expansão dos esportes e atividades de aventura é notória e com esse fator surgem discussões sobre as possibilidades de aplicação nos conteúdos da educação física escolar, visando propiciar novas vivências sobre a ótica da aventura, fenômeno este reconhecido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) poco ministrados no âmbito da escola.
    De acordo com Darido (2005) para se referir aos conteúdos, faz-se necessário abordar as dimensões de conceitos, atitudes e procedimentos no intuito de melhorar qualitativamente as práticas do educador físico e consequentemente as suas aulas.
    Conforme Franco (2008) para se incluir novos conteúdos na escola é preciso superar barreiras e, talvez, a tradição das práticas esportivas seja a mais difícil delas. Mas, há muitas outras, pois não podemos nos esquecer que vivemos num país de terceiro mundo, com grande parte da população passando por carências de diversos tipos.
    Para Borba e Azevedo (2007) a corporeidade também é outro aspecto que pode ser trabalhado nas aulas de esportes e atividades de aventura, visando proporcionar diferentes vivências ao aluno, dentre as quais, àquelas que nos permite explorar outros sentidos para a aprendizagem de movimentos e compreensão do “ser” durante sua experimentação no esporte.
    Freire e Schwartz (2005) acreditam inclusive nessas práticas como possibilidades educacionais e formadoras dos cidadãos. O que nos remete aos profissionais e educadores que necessitam se apropriar dessa nova cultura para contextualizar seus conteúdos a nova realidade da educação física.
    O estudo pretende promover reflexões sobre as possibilidades da prática de esportes e atividades de aventura como conteúdo nas aulas de educação física.
Esportes e atividades de aventura no contexto escolar
    A definição de esporte de aventura surgiu depois de várias trocas devido a discussões de marketing. O termo surgiu no final dos anos 80 e início dos anos 90, quando foi usado para designar esporte de adultos como o skydiving, surf, alpinismo, montanhismo, pára-quedismo, hang gliding e bungee jumping, treeking e mountain bike que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, passou a se tornar populares em pouco tempo (AURICCHIO, 2009).
    De acordo com Pereira e Ambrust (2010) a palavra aventura deriva do latim “adventura”, significando “o que está por vir”, nos remetendo ao desconhecido ou a algo imprevisível.
    Conforme Franco (2010) a Educação Física brasileira possui várias tendências, desde a tecnicista, passando pela psicomotricidade e saúde renovada, até chegar às tendências desenvolvimentistas, às críticas, à construtivista e aos PCNs, (Darido, 2005), entre outras possíveis, cada qual com suas vantagens e desvantagens e com um conjunto de conhecimentos possíveis de serem discutidos no ambiente escolar. No interior dessas tendências não é possível observar restrições quanto à inclusão dos esportes de aventura, sendo possível mais em uma, menos em outra, mas praticável em todas.
    Aplicando de forma adequada os conteúdos da educação física, em atividades variadas, pautadas em propostas transversais, os professores podem atender às expectativas dos alunos, oferecendo um conhecimento que irá além do desenvolvimento de habilidades motoras (GUIMARÃES et al., 2007). Os autores ainda relatam que o professor deve estar preparado para trabalhar de forma interdisciplinar, deve assumir uma postura acessível a novos conhecimentos e a novas abordagens. Esse trabalho não só favorece os alunos, mas também o próprio profissional, dando a ele a oportunidade de ampliar e relacionar os conteúdos de sua disciplina com novos conhecimentos.
    Embora os esportes de aventuras estejam recebendo uma atenção tímida, é observado o crescente interesse das diversas áreas profissionais, e aos poucos estão sendo inseridos ao contexto escolar e universitário como disciplinas optativas ou eletivas.
    Para Franco (2010) há muitas as razões para incluirmos os esportes de aventura na escola, dentre os quais, alinhar a Educação Física com as propostas de preservação ambiental; expor um conteúdo pouco explorado na escola, mas bem difundido pela mídia e presente na sociedade; tornar as aulas mais interessantes, haja vista a situação atual das aulas de Educação Física na escola; ampliar a possibilidade de trabalho dos cinco eixos pedagógicos preconizados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação; tratar valores relacionados à Cultura Corporal de Movimento, tais como: respeito às diferenças e limites do outro, cooperação, desenvolvimento de diversas habilidades motoras, superação dos próprios limites, entre outros.
    Para tanto, a partir da análise do local qualquer parede pode se tornar um muro de escalada; os obstáculos podem se tornar um percurso para a prática do parkour; a estrutura da quadra poliesportiva pode ser usada para prática do rapel, tirolesa, slackline; a estrutura dos “gols” podem se tornar um obstáculo como uma “cama de gato”; todo o ambiente escolar pode ser utilizado nas aulas de orientação, entre outros.
    Pereira e Armbrust (2010) nos alerta que devemos treinar nossos olhos para localizar a possibilidade da prática de esportes e atividades de aventura com nossos alunos em locais normalmente desprezados e recriar condições de exploração do ambiente, fornecendo possibilidades motoras das mais diversas. Ao se falar em possibilidades de aproveitamento do ambiente escolar, não podemos deixar de destacar a possibilidade dos alunos vivenciarem as práticas esportivas de aventura em ambientes naturais ou externos aos limites da escola.
Definições de alguns esportes de aventura para escola
    Relacionamos abaixo algumas aulas de esportes de aventura na escola que podem ser adaptados ou que as estruturas físicas têm a oferecer:
Escalada: significa subir ou trepar em algo, portanto todo ato humano de ascender uma montanha, uma rocha, uma árvore, uma parede ou mesmo uma escada pode ser considerado uma escalada (PEREIRA, 2007).
Parkour: é uma atividade contemporânea que surgiu no final do século XX, na França. Seu percursor foi David Belle, um francês que praticava várias modalidades de ginásticas desde criança. Constitui na habilidade de deslocar-se rapidamente, transpor obstáculos e aterrissar eficientemente para continuar num determinado percurso (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Rapel: descida de penhascos preso numa corda (FRANCO, 2010). No caso do ambiente escolar a atividade pode ser realizada na estrutura da quadra poliesportiva, um muro ou ponto de ancoragem seguro.
Tirolesa: travessia de um ponto a outro pendurado em um cabo aéreo (FRANCO, 2010).
Slackline: provavelmente de origem circense, a Corda Bamba ou Slack Line surgiram para busca do equilíbrio físico e concentração de quem o pratica, mas não se sabe ao certo quando e nem aonde surgiu, o que se sabe, é que hoje essa prática vem sendo aprimorada, e esta conquistando adeptos do mundo inteiro (CARDOZO; NETO, 2010).
Orientação: percurso onde podem utilizar somente bússolas – existem bússolas de vários preços e tipos, das bem baratas e simples até as cheias de recursos e caras – ou somente mapas, cartas topográficas e croquis (mapas feitos a mão), ou ainda, estas últimas junto com bússolas (FRANCO, 2010).
Nós e Amarrações: os nós podem ser considerados parte indispensável à prática de esportes de aventura, portanto de fundamental importância dominar o maior número de nós e amarrações possíveis, pois nunca se sabe quando será preciso utilizá-los. Os nós podem ser utilizados para unir a cordas, para as ancoragens, amarrarem solteiras, dentre outras aplicações. A escolha de um nó deve passar por uma análise criteriosa sobre o uso. Fatores como força de blocagem, facilidade de fazer e desfazer o nó e perdas de resistência, etc., devem ser levadas em consideração na hora da escolha (NAZARI, 2007).
Pedagogia da aventura
    Na arte de ensinar com seus métodos e técnicas de ensino é necessário apropriar-se dos saberes que ultrapassem a mera aquisição de informações, uma vez que abrangem a formação humana e social do indivíduo.
    Através dos saberes, das práticas, métodos e princípios da educação podem exercer a prática de educar e ensinar pela aventura e ainda, direcionar no caminho da aprendizagem a busca do conhecimento.
    Na pedagogia da aventura também são abordados os quatro saberes propostos pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que funcionam como pilares da educação nas sociedades contemporâneas que são: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros e aprender a ser (BRASIL, 2006).
    De acordo com Darido (2005), se pensarmos que, na escola, estamos ajudando a formar cidadãos autônomos e críticos, inseridos na sociedade, cabe a nossa área também proporcionar, ao futuro adulto, informações suficientes para a escolha de atividades que possam ocupar o tempo livre desse cidadão.
    A pedagogia da aventura atrelada à educação está intimamente ligada ao entendimento e estimulação das diferentes inteligências que podemos proporcionar através das experiências vividas em situações de aula (PEREIRA; AMBRUST, 2010).
    De acordo com Coll (2000); Darido (2005) ao nos referirmos aos conteúdos norteadores da educação física, devemos englobar as dimensões de conceito, atitudes e procedimentos, para permitir um aprendizado integral na prática pedagógica do ensino dos esportes e atividades de aventura.
    Conforme Pereira e Ambrust (2010) acerca da prática pedagógica do ensino dos esportes e atividades de aventura baseados nas dimensões, temos:
    As dimensões conceituais (fator e conhecimento) abordam os aspectos históricos das modalidades; locais da prática; equipamentos e manobras; objetivos e motivos de se praticar as modalidades.
    Nas dimensões procedimentais (fazer e como fazer) destacam as técnicas de movimento; técnicas de segurança; processo pedagógico, adaptações necessárias do esporte para cada faixa etária e as condições da escola.
    Para as dimensões atitudinais (valores e formação) devemos ter atenção, noção de regras, ética dos esportes; respeito às normas de segurança; ato de assumir o risco; relações sociais e psicológicas inerentes às práticas como coragem, liderança, trabalho em equipe, confiança, superação, entre outros.
    Pereira e Ambrust (2010) ainda apresentam na pedagogia da aventura três momentos que devem estar inseridos no processo integral de desenvolvimento do aluno que são:
Experimentação: momento onde a curiosidade irá gerar os desafios.
Resolução de problemas: gerada a situação desafiadora, seja através de exercícios ou construção de jogos estimuladores, e indivíduos e grupos são instigados a resolver os problemas.
Organização: refinamento das resoluções através de elementos, situações e possibilidades. Onde a estrutura de organizações das habilidades motora, afetivos e sociais deve ser observada pelo professor no intuito de refinar algumas posturas corporais, conscientização dos praticantes e economia de energia.
    É importante ressaltar que dentro dessa sistemática o aluno possa experimentar as mais variadas oportunidades de prática dentro da realidade da escola, é claro, serem capazes de resolver problemas inerentes as situações que irá encontrar e poder se organizar diante do desafio.
Formação dos professores em esportes e atividades de aventura
    A educação física é uma das áreas do conhecimento que oferecem uma gama de possibilidades de trabalho, e para tanto, o profissional tem que estar apto e atualizado as novas tendências de mercado, buscando na sua formação acadêmica, especialização ou capacitação novos conhecimentos.
    Para Batista (2005) os esportes e atividades de aventura não constituem tema abordado dentro da maioria dos cursos de formação de professores de educação física no Brasil.
    De acordo com Marinho; Gáspari (2003), considerando as demandas da sociedade atual, novos olhares têm se voltado ao ofício de ensinar, às condições e motivos pelos quais se ensina para quê se ensina e ao perfil do profissional que se pretende formar. Esses novos olhares são capazes de mudar, inclusive, o foco do que se entende por ensinar, aprender e ter como profissão.
    Os cursos de formação, nesse pressuposto, não podem mais estar atrelados à concepção de uma educação que se viabiliza apenas nos espaços formais da instituição, requisitando uma ampliação dos horizontes da ação educativa para além de seus muros e para além dos aspectos predominantemente cognitivos. Faz-se, premente, então, ousar e extrapolar na organização de estratégias pedagógicas que se utilizem dos espaços informais, de modo complementar, com objetivo de focar o sujeito aprendiz por inteiro, ou seja, não apenas no cognitivo, mas também nos seus elementos afetivos e emocionais (MARINHO; GÁSPARI, 2003).
Métodologia
    O presente trabalho tratou de uma pesquisa analítica bibliográfica de caráter exploratório. As pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo.
    A pesquisa constituiu-se de um estudo do tipo qualitativo e descritivo, onde a investigação está inserida na área dos esportes e atividades de aventura na perspectiva da educação física escolar com o objetivo investigar através de pesquisa bibliográfica como os esportes e atividades de aventura podem ser incluídos na escola e na educação física.
    Contou-se com bibliografias indispensáveis relacionadas com o tema de estudo tais como artigos, revistas, livros, pesquisas, anais de congressos, entre outros. A pesquisa bibliográfica teve como objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas sobre o tema e serviu de suporte as fases das pesquisas auxiliando na definição do problema, determinação dos objetivos e na justificação do estudo.
Conclusões
    Diante das discussões sobre as possibilidades da prática de esportes e atividades de aventura na escola, destacamos a necessidade de inclusão no currículo dos cursos de graduação em educação física, para que o professor enquanto interventor no âmbito escolar e dos esportes e atividades de aventura estejam capacitados e encorajados a experimentar a vivência de praticar, interpretar e ministrar aulas sobre o conteúdo, com segurança e responsabilidade.
    O esporte é considerado um meio válido para adquirir valores como cidadania, perseverança, superação, cooperação, conhecimento dos próprios limites, conhecimento corporal, autoestima, criatividade, resposta rápida ao estímulo, respeito aos demais e ao meio, responsabilidade, controle emocional, autodisciplina, senso de justiça, trabalho em equipe, integridade, entre outros. A partir da aquisição de novos valores, transformam as suas possibilidades, somando novos significados na prática e pela prática.
    A inclusão dos esportes e atividades de aventura na grade curricular na formação acadêmica e nos conteúdos das aulas de educação física escolar acontece timidamente devido às instituições de ensino inserir tais práticas como esportes complementares, ou por não despertar interesse ou por não haver profissionais de educação física formados ou especializados nessa temática.
    Para sua real inserção como conteúdo das aulas de educação física dos esportes e atividades de aventura, é imprescindível o conhecimento ou formação ampliada do educador físico, com base didática, metodológica e pedagógica e instigar as reflexões sobre o aprender, ensinar e formar pela aventura, proporcionando assim um novo planejamento escolar, independente dos obstáculos e dificuldades encontradas no percurso para proporcionar aulas diferentes dos moldes tradicionais na educação física escolar.
Referencias

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Esporte de Aventura nas escolas Publicas

http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/988-esportes-radicais-acao-e-aventura-na-escola

Você já ouviu falar em parkour? É um esporte de aventura relativamente novo, caracterizado por movimentos de transposição, saltos e aterrissagens, que começou a ser praticado no final do século XX, na França, e chegou ao Brasil nos anos 2000. Ao lado do skate e do slackline – um esporte de equilíbrio sobre uma fita de nylon, estreita e flexível, praticado geralmente a uma altura de 30cm do chão –, o parkour vem ganhando espaço nas aulas de Educação Física da Escola Municipal Rosa da Fonseca, em Deodoro.
A iniciativa foi da professora Carla Reis, responsável pela disciplina. Após concluir um curso de pós-graduação, ela resolveu levar esportes não muito convencionais ao ambiente escolar. Assim, deixando um pouco de lado o futsal, o basquete, o vôlei e o handebol – que costumam ter mais destaque nas escolas –, Carla apostou em modalidades que envolvem ação e aventura. “Vivemos o monopólio da bola na quadra, dos esportes tradicionais, e isso faz com que os alunos fiquem desconfiados e até apresentem certa resistência no início, sobretudo os do 2º segmento. Mas, depois, divertem-se bastante”, conta Carla Reis.
Mesmo sem nunca ter praticado parkourslackline ou skate, a professora preparou aulas para turmas da Educação Infantil até o 9º ano, adaptando a linguagem e a abordagem para cada faixa de idade. “Com a Educação Infantil, explorei o lado lúdico. Propus um passeio na floresta, criando uma história em que passávamos por vários obstáculos, montados com cordas e colchonetes no jardim da escola”, exemplifica.
Já com os alunos maiores, a proposta é uma aula experimental antes de introduzir a modalidade esportiva, seguida da apresentação da história e dos fundamentos básicos do esporte, com a exibição de vídeos e trechos de filmes. Depois, em uma aula teórica, é criado um circuito no qual são apresentados os movimentos. Só então é que os alunos começam a praticar. “Não temos a intenção de formar atletas, mas de levar o esporte a eles e criar uma maneira de praticarem na escola”.
Autoestima elevada e cooperação
Carla conta com o apoio e incentivo da direção da escola, e encoraja outros professores de Educação Física a se arriscar nessa proposta. “Os alunos se divertem e, até hoje, não houve nenhum acidente durante as atividades. Se o professor levar aula de forma consciente, amarrar os objetivos, não tem do que ter medo. Há muita resistência dos colegas por conta disso, mas depende do controle que se tem sobre a turma e do que se propõe a fazer com os alunos”.
Os esportes de aventura envolvem, sobretudo, rapidez e habilidade, e neles, segundo Carla Reis, a competição é deixada de lado. “Não há preocupação com quem ganha ou perde. A vantagem é a autossuperação e a emoção encontrada nesses esportes. A cooperação é o principal: o espírito de equipe, o jogo limpo e a amizade”. Essa cooperação também é vista na relação dos estudantes com Vinícius Sousa, aluno cadeirante que participa ativamente das aulas. “Eles aprenderam que não têm que fazer as coisas pelo Vinícius, e sim desenvolver a autonomia dele. O Vinícius tem que saber manipular a cadeira nos obstáculos, amarrar os sapatos, entre outros.”.
Na escola, a professora também propõe atividades envolvendo esportes como rugby, corrida de orientação e basquete de rua. E, depois de uma oficina de capacitação promovida pelo Comitê Rio 2016, ela promete mais novidades: já está preparando uma “aula laboratório” de golbol e de futebol de cinco. “Adoro o que eu faço e me empolgo mesmo!”.

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